The Medium lançou há pouco tempo e tendo sido anunciado, foi revelando várias informações dignas de animação, como a participação do compositor e da cantora de Silent Hill, Akira Yamaoka e Elizabeth McGlynn respectivamente, além de Troy Baker na dublagem do jogo. Além do sistema de dupla realidade, a grande estrela do marketing do jogo, já que pelos poderes de Marianne, a protagonista, temos dois mundos ao mesmo tempo no jogo. Essa review foi feita com base na experiência do jogo na versão de Xbox Series S.
- História -
A história é um dos pontos mais fortes de The Medium, trazendo uma trama curta, um suspense interessante e com plot twists muito bons. Acompanhamos Marianne, uma médium, investigando e descobrindo sobre os acontecimentos em um hotel abandonado, em uma Polônia pós Segunda Guerra Mundial, na cidade de Cracóvia. Vemos o desenrolar da protagonista descobrindo mais de seus poderes, do mundo espiritual o qual suas habilidades lhe concedem acesso, e principalmente, do passado daquele hotel, passado esse que podemos saber mais através de documentos que encontramos por ele, que não são maçantes de ler, a maioria sendo curtos, inclusive. E ainda há todo o mistério ao redor do homem misterioso que chamou Marianne. A reta final é incrível e a conclusão deixam o jogador curioso e tenso.
- Gameplay -
Provavelmente a maior decepção do jogo. A utilização dos dois mundos ao decorrer da história se mostra como um sistema com altos e baixos, sendo bem utilizado em certas horas, como em alguns puzzles, e em outras sendo mal utilizado, como momentos relativamente desnecessários, o que mostra como o sistema é promissor, mas não foi usado ao máximo de seu potencial. Além disso, os puzzles sofrem de algo similar, alguns são interessantes e bem feitos, enquanto outros exageram querendo ser confusos, mas não é algo muito constante. Em geral, a gameplay apresenta ideias muito boas, mas faltou melhor planejamento em como utilizá-las.
- Cenários -
Sem dúvidas uma das maiores qualidades de The Medium. Tanto o mundo espiritual quanto o mundo real são extremamente bem feitos, mas o destaque obviamente vai para o trabalho feito pela Bloober no mundo espiritual, que teve todo o seu visual inspirado nas pinturas do artista polonês Zdzisław Beksiński, algo que é claramente visto no cenário, nas suas cores e detalhes, além da sensação que ele transmite, inclusive nos monstros que encontramos ao longo do jogo, o design de tudo que envolve a metade espiritual é simplesmente fantástico.
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Obra de Zdzisław Beksiński |
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